quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SELEÇÃO ILHEENSE COMEMORA TÍTULO HISTÓRICO

SELEÇÃO ILHEENSE COMEMORA TÍTULO HISTÓRICO

No próximo Sábado, dia 10 de dezembro do corrente ano, os veteranos que participaram do escrete ilheense que conquistou o título de campeão intermunicipal de 1980 voltarão a se encontrar para celebrar 25 anos da memorável conquista. Naquele ano, a equipe só perdeu o primeiro jogo para Vitória da Conquista fora dos seus domínios pelo placar de 1 x 0, entretanto, no jogo de volta, retribuiu com juros e correção monetária, jogando um futebol arrasador e aplicando uma goleada de 3 x 0 no selecionado conquistense no Mário Pessoa.O primeiro jogo da final foi realizado no Estádio Mário Pessoa e ilhéus ganhou pelo placar de 2 x 1. A equipe titular que jogou a finalíssima em Senhor do Bonfim e que empatou com o selecionado local de “Bobô e cia” jogou com Bico de Pato, Henrique Lampião, Urubu, Armando e Marcos Garcia, Sérgio Bico Duro, Paulinho Verdinho e Marcos Bandeira, Jorge Amarelinho, Dicó e Mário Sérgio. Jogaram ainda Néry e Fuminho. Faziam parte do escrete daquele ano, Paulo Cuminho, Rany, Plácido, Canário, Feijão, Ivo Badaró, Foca, Zé de Madá e outros atletas. Alguns jogadores fizeram parte da história do selecionado ilheense, como Abreu, Marcel, Dilton, Josias, Pitu, Leninho e outros craques.

O jogo começou equilibrado, mas logo aos 15 minutos do primeiro tempo Bobô fez 1 x 0. O Selecionado ilheense teve algumas oportunidades no primeiro tempo, mas não conseguiu converter em gols. No intervalo, devido a fumaça provocada pelos fogos e o barulho ensurdecedor provocado pela torcida adversária que tomava literalmente as arquibancadas do Estádio, os jogadores não desceram para o vestiário, preferindo permanecer no meio de campo, dentre eles, Urubu, Jorge Amarelinho, Marcos Bandeira e Mário Sérgio tentavam reanimar o grupo e mostrar o caminho mais perto para conseguir o empate. Começou o segundo tempo e o time ilheense dominou inteiramente o jogo, colocando a bola no chão e saindo seguro, nos lançamentos e enfiadas do meia esquerda Marcos Bandeira para Mário Sérgio e Jorge Amarelinho, surgindo diversas oportunidades que foram desperdiçadas. O gol era questão de tempo. Aproximadamente aos 25 minutos do segundo tempo, Marcos Garcia dividiu uma bola na esquerda e a bola sobrou para o zagueiro Urubu, que caprichosamente colocou a bola no fundo das redes do goleiro de Senhor do Bonfim, empatando o jogo. Ilhéus perdeu várias oportunidades com Marcos Bandeira, Dicó e Jorge Amarelinho. Já no Finalzinho do jogo jogaram uma bomba atrás do gol de Bico de Pato, e Bobô aproveitando uma oportunidade deu uma tamancada de fora da área , obrigando Bico de Pato a fazer uma ponte no meio da fumaça provocada pelos fogos e descer com a bola grudada no corpo. Ali, naquele lance ,sentimos que éramos campeões. Assim que o árbitro Manoel Serapião Filho apitou o final do jogo, os jogadores do escrete ilheense não se contiveram em lágrimas. Ilhéus, depois de 1966, voltava a ser campeão intermunicipal de futebol.

A chegada em Ilhéus foi triunfal, após 12 horas de viagem. Os operários das fábricas do Distrito Industrial pararam as suas atividades para recepcionar a seleção nos alambrados , batendo palmas e soltando fogos, saudando o ônibus que conduzia os jogadores da seleção, no momento de muita emoção. A Cidade parou. Algumas lojas fecharam e o Prefeito recebeu a delegação, levando uma verdadeira multidão para o centro da cidade para comemorar o título. O presidente da Liga Ilheense, Edval Moura, era um verdadeiro líder e soube aglutinar o grupo junto com Jadon Ribeiro. O técnico era Domingos Brito, o popular “Pelé” que, embora não tivesse grandes dificuldades para escalar o time, soube conduzir o grupo até a final com seriedade e compromisso. Luiz Massagista, com o seu senso de profissionalismo, completava o grupo.

Alguns desses atletas que ajudaram a escrever um pouco a história do futebol ilheense voltaramm a se encontrar no campo para festejar merecidamente o memorável título, obtido com muito suor, talento e união de um grupo maravilhoso e que ficará para sempre na história do futebol ilheense e na memória do torcedor ilheense.



MARCOS BANDEIRA



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