COPA DO MUNDO: A PÁTRIA DE CHUTEIRAS
Chegou
o grande momento esperado há mais de sete anos após a FIFA anunciar a
realização da copa do mundo no Brasil. O tempo passou rápido, muitas coisas
aconteceram, alguns amigos ficaram no caminho e não terão o privilégio de
curtir uma copa do mundo em casa. Este é sem dúvida alguma, um momento mágico,
apaixonante, quando o planeta literalmente para e direciona suas lentes para as
12 cidades sedes no Brasil, onde serão disputados os jogos da Copa do Mundo de
2014.
Não passaram
despercebidos os equívocos cometidos na condução das obras necessárias à
realização da copa do mundo no Brasil, como a construção de estádios
desnecessários, a exemplo do Itaquerão (sonho pessoal do corintiano Lula da
Silva), da Arena Pantanal, do Estádio Nacional de Brasília e outros, bem como
da corrupção reinante no Brasil e da insatisfação do povo brasileiro em relação
ao governo brasileiro no que se refere à implementação de políticas públicas em
educação, saúde e segurança pública, deflagrando vários protestos dos
movimentos populares por todo o país. O atraso na conclusão das obras dos
estádios e o superfaturamento em algumas delas também marcaram negativamente os
preparativos para a realização deste grande evento.
Todavia, o fato está
consumado: a Copa acontecerá e agora seremos mais de duzentos milhões de
brasileiros em uníssono vibrando pelo nosso escrete canarinho. O nosso amor
pela seleção brasileira é grandioso e eterno. Até mesmo senhoras de idade, que
jamais se importaram com futebol, transformam-se nesse período em torcedoras
apaixonadas pela seleção brasileira. Vale ressaltar que algumas delas já sabem
o nome da maioria dos jogadores e enfeitam a fachada de suas casas com
bandeirinhas do Brasil. Há uma explicação lógica para tudo isso: o orgulho de
ser brasileiro.
Até 1958, quando a
seleção brasileira, comandada por Didi, Pelé e Garrincha ganhou a 1ª copa do
mundo na Suécia, o brasileiro, segundo o saudoso cronista Nelson Rodrigues,
possuía o complexo de “vira-latas”, pois acreditávamos sempre na superioridade
das escolas europeias e até então éramos a 3ª força sul-americana, atrás do
Uruguai e Argentina. O “Maracanazo” de 1950, quando perdemos a copa do mundo
para o Uruguai, por 2 x 1, com o gol de Ghiggia, pululava em nossa mente como
resquício do fracasso e símbolo de nossa
inferioridade.
Hoje, o contexto é completamente diferente e
temos motivos de sobra para alimentarmos o nosso amor pela seleção brasileira:
ela traduz o retrato de nossa sociedade brasileira, marcada principalmente pela
mistura de etnias; ela é a única seleção do mundo que participou de todas as
copas e a única pentacampeã mundial; Pelé, o maior jogador de todos os tempos,
é o único que venceu três mundiais e temos ainda o maior artilheiro das copas,
Ronaldo, com 15 gols. Os “gringos” sempre se renderam à nossa ginga, à nossa
miscigenação, à nossa molecagem com a bola no pé. Além de tudo isso, temos uma
equipe competitiva com condições reais de ganhar mais uma copa.
Portanto, recebamos com hospitalidade os
nossos visitantes e deixemos os problemas internos do nosso país para serem
resolvidos no momento oportuno. Unamos nossos corações numa só direção formando
uma grande corrente de vibrações positivas por mais um título de nossa querida
seleção brasileira.
Avante Brasil, rumo
ao Hexa!
MARCOS BANDEIRA
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